A restauração da estátua do Laçador, enfim, vai começar. Praticamente todo o dinheiro já foi captado - R$ 810 mil - junto à iniciativa privada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Falta a contrapartida que a prefeitura tem que dar, no valor de R$ 90 mil. Já há um pedido de liberação de verba. No que depender da administração municipal, a restauração começará o mais rápido possível, de acordo com o secretário municipal da Cultura, Gunter Axt.
Após a restauração, a estátua volta para o local onde está. O secretário destaca que ela está lá por um motivo, o de recepcionar quem chega na cidade e ele entende que no mesmo sítio deve ficar.
Esse, aliás, é o mesmo entendimento que sempre teve a coordenação da Memória da Secretaria Municipal da Cultura. Porém, na gestão anterior, o prefeito Nelson Marchezan e o secretário municipal da Cultura, Luciano Alabarse, abriram a possibilidade para a mudança, mesmo que, em nenhum momento, este pedido tenha tramitado entre os profissionais da pasta.
Mas o atual secretário também destaca que o sítio do Laçador precisa ter mais atrativos. O secretário destacou como positivo, por exemplo, o andaime que foi colocado no local e permitiu que as pessoas tivessem um contato mais próximo com a escultura.
- Alguma coisa neste espaço precisa ser feito, para dinamizá-lo e atrair o interesse da população - destaca Gunter.
Após uma vistoria realizada em março de 2017, o restaurador francês Antoine Amarger identificou a presença de fissuras, problemas estruturais, água, vegetais e insetos no monumento. Ele destacou que essa recuperação precisaria ocorrer até 2027, sob pena da estátua sofrer problemas estruturais.
O sítio do Laçador foi construído há 11 anos. A estátua ficava antes na avenida Farrapos com avenida Ceará e precisou ser transferida quando o viaduto Leonel Brizola foi construído. Na época, o local foi definido com a intenção de evitar uma mudança radical na sua localização.
A restauração do Laçador faz parte de um projeto chamado Construção Cultural, realizado desde 2014, por meio de parcerias firmadas entre a prefeitura de Porto Alegre, a Associação Sul Riograndense de Construção Civil e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, além de verbas do programa Pró-Cultura da Lei de Incentivo à Cultura. O projeto já atuou nas intervenções de 32 monumentos na Redenção.