No final deste mês, a trincheira da Avenida Cristóvão Colombo, na zona norte de Porto Alegre, deveria ser liberada novamente ao trânsito. Mas não irá.
A passagem improvisada pela obra da Copa de 2014 foi bloqueada em 30 de abril para a conclusão dos serviços que ainda faltam. Porém, a demora dos pagamentos por parte da prefeitura já está afetando no cronograma.
O consórcio DDS, formado pelas empresas Dobil e DW Engenharia, é o responsável pelos trabalhos. A previsão do grupo é que somente no começo de outubro seja possível finalizar os serviços em andamento e garantir a liberação da avenida.
O consórcio alega ter recebido apenas parte dos valores devidos da primeira parcela. Por causa disso, a obra está em andamento, mas de forma lenta.
Os trabalhos na trincheira recomeçaram em março. Já foram construídos muros de proteção das paredes da trincheira, instalação de barreiras de concreto para delimitar o trânsito, colocação de gradil para impedir acesso de pedestres, além de pintura.
Apesar dos problemas, o consórcio ainda acredita que consegue concluir a obra em outubro, antes do prazo contratual estipulado, que é novembro. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (Smim) destaca que 28% do que foi programado já foi executado.
Histórico
O contrato de início da obra foi feito no ano de 2012, mas começou com bloqueios e interferências em março de 2013 com a promessa de conclusão em um ano. Mas os trabalhos só começaram efetivamente após a Copa do Mundo de 2014.
Em outubro de 2016, com 85% da obra pronta, as empresas responsáveis pelo serviço alegaram dificuldades financeiras e paralisaram as atividades. O local ficou dois anos parado, quando em novembro de 2018 a comunidade e empresários da região se mobilizaram, conseguiram material e, com auxílio da prefeitura, que forneceu maquinário, equipamentos e mão de obra, concluíram, em maio de 2019, a alça de acesso norte — sul, liberando o trânsito embaixo da terceira perimetral, trecho que voltou a ser bloqueado hoje.
A prefeitura de Porto Alegre realizou uma nova licitação para a conclusão da obra. O consórcio DDS, formado pelas empresas Dobil e DW Engenharia, iniciou os trabalhos em março deste ano com previsão de conclusão em fevereiro do ano que vem. Será necessário investir mais R$ 2,48 milhões. Entre os serviços que faltam estão o alargamento da Cristóvão, entre Honório Silveira Dias e Luzitana, os muros de contenção e o acesso bairro—Centro.