Prudentemente, ruas, avenidas e rodovias estão se esvaziando por causa do risco de contágio do coronavírus. Quem pode está cumprindo a determinação dos governantes e está se mantendo em casa. Essa redução impacta diretamente na quantidade de veículos nas ruas.
Tecnicamente, este cenário não irá dificultar as obras que estão em andamento. Há até uma possibilidade do ritmo ser ampliado em um curto espaço de tempo.
Porém, a médio e longo prazo, o panorama é de temor. Não se tem ideia de quanto tempo precisaremos para sair da crise. Os prejuízos já são reais. Empresas estão afastando os trabalhadores dos grupos de risco. Férias coletivas e individuais, além da compensação de horas, começarão a ser ampliadas.
E, mesmo que as obras ocorram em um ambiente aberto, os operários precisam se deslocar, têm que dividir ambientes não muito grandes em canteiros de obra como refeitórios e banheiros. Mesmo que a higienização seja intensificada, o risco é elevado.
Em breve, também, as construtoras vão enfrentar falta de insumos porque as fronteiras, divisas e até limites estão sendo fechados. Sem material, não haverá outra alternativa senão diminuir cada vez mais o ritmo até parar.
Os prazos, então, serão adiados. Renegociados. Além disso, até que pontos as prefeituras, os Estados e a União vão comprometer seus recursos nas obras de infraestrutura se o atual momento indica que não há prazo para a crise terminar.
Então, assim como nós vemos as ruas, avenidas e rodovias sendo esvaziadas, falta pouco para o mesmo ocorrer nas obras públicas do País.