Números referentes à contratação de crédito para a implementação de tecnologias da chamada agricultura de baixo carbono mostram que o Rio Grande do Sul ocupa uma posição de protagonista no cenário nacional. No balanço de atividades que apresenta hoje em Porto Alegre, o Comitê Gestor da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) mostrará que o valor financiado no ciclo 2023/2024 para produtores gaúchos chegou a R$ 1,48 bilhão, quantia que abrange área de 259,54 mil hectares e 6.128 contratos. O montante representa um crescimento de 78% sobre o Plano Safra anterior. A razão para essa busca?
— Muito pela compreensão de que, essas tecnologias, além de mitigar as emissões, trazem mais maior produtividade, maior capacidade de adaptação às mudanças climáticas e à redução das emissões — avalia Jackson Freitas Brilhante, coordenador do comitê.
Ele cita outro indicador da adesão do RS aos financiamentos do ABC+. Na safra 2023-2024, 15% dos recursos do Renovagro, linha disponibilizada para todo o Brasil, foram acessados por produtores gaúchos. No ciclo anterior, havia sido 10%. Na relação de tecnologias voltadas ao propósito da baixa emissão estão o sistema plantio direto, as florestas plantadas, recuperação de pastagens degradadas, os sistemas integrados de produção, os bioinsumos e os sistemas de irrigação.
— Todas trazem melhoria na qualidade do solo. Nas propriedades químicas, aumentando a capacidade de reter nutrientes, nas físicas, ou seja, fica mais estruturado e com alta atividade biológica — explica Brilhante.
Fique ligado!
O coordenador do Comitê Gestor da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), Jackson Freitas Brilhante é um dos entrevistados do programa Campo e Lavoura deste domingo (8), na Rádio Gaúcha.