A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A Cremolatto decidiu encurtar a distância entre os pomares e a sua indústria de sorvetes, em Gravataí. Depois de começar a comprar açaí juçara de produtores do Litoral Norte, há cinco anos, a empresa mira em outra fruta: o maracujá.
A ideia é seguir o mesmo modelo do açaí "gaúcho", explica Alexandre Seidel, superintendente da Cremolatto: incentivar a produção local, em parceria com a prefeitura e produtores, e transformar a fruta em mais um sorbet (feito a partir da polpa da fruta) na sua linha de produtos.
No caso do açaí, a maior parte da fruta ainda vem de longe: do Pará e do Amazonas, no norte brasileiro. Atualmente, 30% do que é processado pela Cremolatto vem do Estado, da costa litorânea, principalmente do município de Caraá.
Com o maracujá, o projeto também está sendo desenvolvido em Caraá. A parceria foi fechada com a garantia da compra da fruta de produtores rurais. A empresa também está com um projeto para instalar uma indústria de "despolpe" (para retirada da polpa) na região. Por conta da enchente, o projeto ficou para 2025.
— A gente vai identificando uma fruta promissora (tanto para a empresa, quanto para a região), e entra em contato com a prefeitura — detalha Seidel.
Outra novidade para o próximo ano, adianta, é o desenvolvimento de mudas a partir do caroço das palmeiras de açaí juçara em estufas de duas escolas municipais. A estrutura já existe.
Sobre a empresa
A Cremolatto possui 110 unidades, nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, onde são comercializados os sorvetes e o açaí.