A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Entre os cenários possíveis para a safra de morango na Serra, principal região produtora, o cenário que se desenha não é tão dramático. A projeção de quebra de produção, que chegava a 40% no ano com o excesso de chuva em outono, agora está em 30%.
Agrônomo da Emater em Caxias do Sul e especialista em frutíferas, Enio Todeschini explica que a ensolação caiu bastante de abril a junho na região.
— Mas, em setembro, teve uma bela recuperação, que já se reflete nos pomares — analisa o técnico.
Isso se deve pela relevância do período com relação à produtividade, explica a agrônoma, também da Emater, Anna Cristina Xavier:
— Muda de região para região, mas, normalmente, 50% da produção do morango no ano fica concentrada de agosto a outubro.
Durante o período de chuva prolongada, as plantas desenvolveram menos flores, e a produção decaiu. Na época, houve dificuldade, inclusive, de abastecimento pela baixa oferta. Boa parte dos morangos no mercado à época foram comprados de Minas Gerais.
E se, antes, o preço da fruta era considerado alto, agora, está se ajustando, explica Todeschini. Em Arroio do Padre, o quilo é comercializado a R$ 25,00; em Pelotas, varia entre R$ 20,00 e R$ 30,00; em Rio Grande, de R$ 30,00 a R$ 40,00; e Turuçu de R$ 22,00 a R$ 25,00, segundo o último informativo conjuntural da Emater.