A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A mudança no horário de comercialização de hortifrutigranjeiros na Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa-RS) tem gerado reclamações nas últimas semanas.
Desde o retorno das operações no complexo após a enchente, no dia 17 de junho, o expediente do galpão dos produtores, onde ocorrem essas vendas, está diferente daquele anterior à catástrofe climática. A administração do local atribui dificuldades para o retorno do horário antigo pela continuação de irregularidades no serviço de energia elétrica.
A Associação dos Produtores da Ceasa-RS argumenta, por outro lado, que o novo horário tem sido prejudicial para as vendas.
— Os restaurantes precisam de produtos mais cedo. E os produtores estão perdendo venda para os atacados da região. Ninguém está gostando do jeito que está. Ficou ruim para o cliente, ficou ruim para o produtor — reforça Evandro Finkler, presidente da associação.
Interina na presidência da Ceasa-RS, Silvana Dalmas explicou à coluna que o complexo ainda não possui condições para retomar o horário antigo. De acordo com ela, os serviços afetados pela enchente, como o de energia elétrica, não estão totalmente recuperados. Mas também não há previsão para sua normalização.
— A Ceasa está estudando (o retorno ao horário antigo). Acolhemos a sugestão dos produtores. Mas isso envolve uma série de análises que precisam ser feitas, de infraestrutura, de transporte, com os permissionários — acrescenta a presidente interina.
Antes da inundação, o galpão dos produtores abria às 4h30min para para quem vende. Às 5h, os clientes já podiam entrar e comprar. Após a enchente, o horário foi transferido para às 8h30min e às 9h, respectivamente. E, agora, para às 6h e às 9h.
A reivindicação da associação é para que os portões continuem a ser abertos às 6h para os produtores e comecem a abrir às 6h30 para os consumidores.
De terça a sexta-feira, o horário permanece o mesmo, com abertura partir das 12h30.