A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O touro mais pesado da última Expointer já está no parque Assis Brasil, em Esteio, para superar a marca de 1.410 quilos nesta edição. É o que acredita o dono, Edgar Lima, o Cacaio, proprietário da Fazenda Boa Esperança, de Cachoeira do Sul:
— Penso que ele deve chegar a pesar 1.450 quilos. Mas só vamos saber quando começar a feira, porque ele não consegue entrar na balança da propriedade.
Chamado Hudson da Boa Esperança, o animal é um bovino de corte da raça limousin, de cor vermelha. E para chegar a esse peso, que pode resultar em uma alta produção de carne, a preparação começa desde cedo, conta o pecuarista:
— Quando os animais completam quatro meses já começamos a analisar a filiação, se os pais são especiais, vamos observando as características do animal.
Se são, de fato, "especiais" como Lima se refere, a alimentação começa a ser diferenciada, com vitaminas.
Outro cuidado do produtor é em época de exposições, como na Expointer. Nesse período, os animais de mais idade e que precisam ter um peso maior são presos em estábulos cerca de 50 ou 60 dias antes e alimentados três vezes ao dia.
Agora, aos 71 anos, Lima já anunciou à coluna que essa será a sua última feira como expositor. Dono dos animais mais pesados da feira há sete anos consecutivos, ele diz estar cansado.
— E no meu escritório não cabe mais troféu — brinca o advogado, referindo-se ao sucesso que o seu plantel faz nas feiras.
Na 47ª Expointer, além de Hudson, o pecuarista trouxe mais 10 bovinos da raça, das cores preta e vermelha. A expectativa é de valorização de todos os seus exemplares durante a feira. Mas, no caso de Hudson, o produtor ainda não sabe se vai comercializar seu sêmen ou colocá-lo à leilão.