A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A cinco dias do início da festa, o parque Assis Brasil, em Esteio, vai, aos poucos, ganhando a forma da 47ª Expointer. Dos últimos apertos de parafusos nos estábulos à retirada de inços do chão, o cenário é de ajustes finais para o evento — e de ansiedade para a retomada. Foi em meio a isso que começaram a chegar, nesta segunda-feira (19), parte dos convidados: os animais.
O primeiro deles foi um ovino da raça texel da estância Magnólia, em Aceguá, na Campanha. Depois, do mesmo caminhão, saíram mais 13 exemplares da raça — seis da estância, quatro da cabanha Salgueiro, de Aceguá, e outros três da cabanha Conquista, de Candiota.
A ansiedade pela retomada era tanta que Olinto Salgueiro, expositor que trouxe os primeiros animais, chegou à frente do portão no início da madrugada desta segunda-feira.
— Sempre chegávamos em segundo, terceiro, segundo, terceiro. Neste ano, decidimos tentar chegar em primeiro. E chegamos — contou à coluna, referindo-se à parceria entre as três propriedades.
Além da ansiedade que este ano implica e da visibilidade que ganha a cabanha, chegar cedo também é interessante para o bem-estar dos animais, explica ainda Pablo Charão, comissário-geral da Exposição de Animais da Expointer:
— Quanto mais cedo chegam (os animais), mais se acostumam com o galpão, mais tranquilo ficam.
Diante das obras que cercavam a chegada dos animais, o secretário estadual da Agricultura, Clair Kuhn, também reconheceu a vontade da retomada em quem está trabalhando para pôr a feira de pé:
— Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, a equipe do parque e os copromotores trabalharam muito e ainda continuam trabalhando para fazer um grande evento. A cada dia que se vem aqui, o parque está mais restaurado e com mais condições de receber o público.