A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Já virou tradição. Desde que começou a apresentar produtos na tradicional Fenadoce, em Pelotas, o produtor Edemir Valsoler, da Agroindústria Camponês, prepara alguma novidade para a edição. Já se vão cinco participações desde então, e em 2024 o queijo maturado Nossa Terra é a estrela da festa.
— É um produto que lembra as características do queijo “de antigamente”, curado a uma temperatura de 16°C, na tábua de pinheiro brasileiro, a araucária. Então é um queijo bem maturado e com a nossa marca autoral — descreve Valsoler.
Por fora, por conta da madeira, a peça apresenta certa picância, que é o gosto da persistência no dia a dia da produção de alimentos, brinca o produtor. Por dentro, o sabor é adocicado, remetendo à dedicação na fabricação das peças.
Em 2023, a queijaria foi responsável pelo maior faturamento da feira entre as demais agroindústrias, com mais de R$ 50 mil em vendas. Naquele ano, o destaque foram os queijos coloniais e temperados e os queijos finos, além dos sorvetes.
Valsoler conta que a Fenadoce serve de preparação para outras feiras maiores, como a Expointer, marcada para o fim de agosto em Esteio e que costuma ser o ponto alto do ano para as agroindústrias do Estado. Este ano, o produtor aposta na feira com ainda mais força, em momento de recuperação após a enchente que devastou o RS.
— Diretamente, nós não fomos atingidos pelas águas. Porém, fomos muito afetados indiretamente porque nas feiras de maior mercado, como Porto Alegre, a comercialização parou, parou tudo. Tanto que chegamos ir a São Paulo e Santa Catarina para expor, tentando sobreviver e não quebrar — conta o produtor.
Na Expointer, outros queijos autorais devem entrar no cardápio de lançamentos, antecipa Valsoler.
Em programação que foi remarcada por causa das cheias no Estado, a Fenadoce vai até o dia 4 de agosto.
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