A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Da inspeção de produtos de origem animal ao monitoramento da influenza aviária, o dia a dia dos fiscais estaduais agropecuários passou a estar também nas redes sociais nas últimas semanas. É por meio da campanha Minha Rotina de Fiscal Agropecuário no RS que a Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro) "abriu as portas" da atividade, para que mais pessoas conheçam a rotina desses profissionais. Em busca da valorização da carreira junto ao Estado, a ideia da Afagro agora é também sensibilizar o público com a sua demanda.
E a estratégia encontrada tem ganhado adesão de servidores no Instagram. Para participar, eles têm compartilhado fotos durante o trabalho, acrescentando uma breve explicação do que executa naquele momento.
O fato de muitas pessoas não conhecerem a carreira, de acordo com o vice-presidente da Afagro, Giuliano Suzin, também mobilizou a iniciativa:
— O nosso trabalho é muito importante. Nós contribuímos para a arrecadação do Estado, por exemplo — referindo-se à participação do agronegócio no PIB gaúcho.
Com formação em Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Medicina Veterinária, os fiscais estaduais agropecuários atuam na defesa sanitária animal e vegetal, inspeção agropecuária, fiscalização de produtos de origem animal e vegetal e de insumos agropecuários. A carreira surge a partir de um concurso público, e fica vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura.
Há também um cargo similar no âmbito federal, vinculado ao Ministério da Agricultura. É o auditor fiscal federal agropecuário, que pode ser formado em Engenharia Agronômica, Farmácia, Química, Medicina Veterinária e Zootecnia. Entre as suas funções, estão o controle de fronteiras para garantir a segurança dos rebanhos e das lavouras brasileiras, a inspeção e certificação de produtos de origem animal e vegetal e insumos agropecuários exportados e os registros e os credenciamentos de todas as agroindústrias.
A Afagro também se reuniu nas últimas semanas com deputados estaduais e a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, solicitando a "reestruturação da carrei, por meio da valorização salarial e da reposição do quadro de servidores. Apesar de, nos últimos cinco anos, 95 servidores terem sido empossados, outros 41 foram exonerados e mais 13 se aposentaram. Conforme o último levantamento da associação, o Estado tem um total de 409 fiscais.