Na próxima segunda-feira (18), os fiscais federais agropecuários devem se reunir via sindicato de cada Estado para decidir qual será o próximo passo da sua mobilização. Ontem, a categoria recebeu a notícia de que a justiça do Distrito Federal acatou pedido de liminar da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) contra a possibilidade de greve. O motivo atribuído pelo juiz Frederico Viana foi o da possibilidade de haver lesão de difícil reparação à sociedade, já que uma das funções desse cargo público é inspecionar e fiscalizar produtos alimentícios.
No dia 14 de junho, os servidores chegaram a paralisar suas atividades. Mas o que estava previsto para dois dias acabou durando apenas um, em razão de outra decisão judicial que proibiu que a manifestação se estendesse até dia 15 de junho.
Delegada do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) do RS, Soraya Marredo reconhece que o serviço prestado é essencial, mas, para ela, por isso mesmo deveria ser mais valorizado:
— Nós reconhecemos a dificuldade que é paralisar o nosso trabalho. Mas estamos sem reajuste salarial há anos, com pouca reposição de quadro efetivo e diante de um PL que tramita no Senado que pode acabar com a nossa função (ela se refere ao PL 1293/2021, que propõe que a vigilância sanitária não seja mais obrigação do Estado e passe a função para as empresas).
*Colaborou Carolina Pastl