Além dos criadores, que preparam os animais o ano inteiro para fazer bonito na Expointer, tem um time que trabalha muito para garantir o acesso, em segurança, desse exemplares no parque Assis Brasil, em Esteio. São os fiscais estaduais agropecuários, que vêm das mais diferentes partes do Estado para reforçar a equipe que atua no desembarcadouro (área de chegada), na admissão dos pequenos animais, na zootecnia e na documentação. Neste ano, conforme a Secretaria da Agricultura, são 103 servidores. É o caso da médica veterinária Brunele Weber Chaves, responsável pela inspetoria do município de São Gabriel, na Fronteira Oeste, e que acompanhou a abertura dos portões na manhã de segunda-feira (22).
Ao lado do colega Jeferson Grigoletto, inspecionaram os animais que chegavam ao parque, como na foto acima, em que examinam uma fêmea da raça de ovinos poll dorset. O primeiro passo, explica Brunele, é verificar os documentos, se estão de acordo com o regulamento sanitário de cada raça. Se estiver tudo em dia, a segunda etapa é o exame clínico. No geral, o que se buscam são indícios de lesões de doenças infecto contagiosas ou parasitas. Depois disso, a passagem é liberada.
— Esse trabalho de admissão só ratifica o trabalho que é feito por todos os colegas no Estado inteiro. Receber animais em condições adequadas confirma esse trabalho que é feito lá ponta, em cada unidade no Interior — resume Brunele, sobre a participação na Expointer.
No total, explica Rosane Colares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da secretaria, são quatro equipes, que trabalham por plantões. O recebimento de animais vai das 8h às 22h. E, embora os portões já estejam abertos, o pico de movimento costuma ser na sexta-feira, véspera do início da exposição.
— Normalmente, quem vem mais cedo é de mais longe — observa Pablo Charão, zootecnista responsável pelo Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura.
Usualmente, há uma pequena diferença, entre 20% e 25%, entre o número de animais inscritos e os que efetivamente entram no parque.
Por que chegar antes?
Não é por acaso que criadores chegam com antecedência ao parque Assis Brasil. Além da distância a ser vencida por aqueles que estão mais distantes da Região Metropolitana, há razões como a necessidade de adaptação dos animais que explicam essa antecipação. Como vão participar de julgamentos, eles precisam estar descansados, recuperados da viagem e ambientados no novo espaço.