A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Menor em tamanho, mas de qualidade excepcional. Esse é o desenho da safra de noz-pecan que começou oficialmente a ser colhida nesta quinta-feira (25), em Anta Gorda, no Vale do Taquari. O tom, apesar da redução estimada em 50% da produção gaúcha, foi de otimismo, com pedido de valorização de preços e expectativa de crescimento do setor.
É que, de acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Eduardo Basso, a safra está menor, mas a qualidade, "ímpar":
— Queremos que os produtores valorizem os seus produtos, que estão com alta qualidade. Precisamos mais do que nunca estarmos unidos, termos informações, conhecer os nossos custos e criar boas perspectivas para o setor.
Durante a colheita, as nogueiras sacudidas com um equipamento específico eram do pomar de Nozes Pitol, na Linha Doutor Barbosa. Lugar que também encaixou com a tônica da sexta edição da abertura. Luizinho Pitol, à frente da propriedade na época, descascava e saía para vender o produto em Porto Alegre 50 anos atrás. Agora, a Nozes Pitol exporta para o exterior o seu produto. Ao todo, o Brasil embarca meio milhão de quilos na noz.
— O Brasil consome 20 mil toneladas de nozes e 3 mil de pecan. Portanto, temos um espaço enorme para crescer e para conseguir melhores preços — reforçou o dirigente do IBPecan durante a abertura.
Além da sexta edição da abertura, o município de Anta Gorda contou com o sexto Seminário Técnico da Cultura da Noz-Pecã, realizado no Parque Municipal de Eventos Aldi João Bisleri, durante a Festleite. No evento, foi apresentado um sistema de precificação de nozes, a possibilidade de novos produtos com base em pecan e cuidados da colheita e da preparação e conservação para o embarque para exportação ou para o mercado interno.