A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Uma safra maior do que nos anos anteriores, mas menor do que se esperava no início do ciclo. Essa é a perspectiva que marca a 11ª Abertura Oficial da Colheita do Milho no Estado, que ocorre nesta terça-feira (27), na Agropecuária Canoa Mirim, em Santa Vitória do Palmar.
Embora ainda seja cedo para estimar o tamanho do prejuízo — 66% dos 817,5 mil hectares com o cereal foram colhidos, segundo a Emater —, a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho/RS) entende que a produção deve ser maior do que as duas últimas, afetadas pela seca — quando se colheu na casa das 3 milhões de toneladas do cereal.
— A perda não vai ser tão grande. Mas também não vamos alcançar as 6,06 milhões de toneladas (projeção inicial feita pela Emater) por causa do excesso de chuva — salienta Ricardo Meneghetti, presidente da Apromilho-RS.
Coordenador técnico da Câmara Setorial de Milho da Secretaria da Agricultura, Paulo Roberto Vargas também avalia que o volume da safra 2023/2024 seja maior do que a do ciclo passado.
— Apesar de termos outros problemas, como as pragas, excesso de chuva e tempo nublado, que afetaram a produtividade — reconhece.
Marcada para as 8h30, a 11ª Abertura Oficial da Colheita do Milho ocorre na Agropecuária Canoa Mirim, em Santa Vitória do Palmar, no sul do Estado. Na ocasião, será incentivada a irrigação na cultura do milho — "importante tanto para irrigar em tempos de seca quanto para drenar a água em tempos de chuva", justifica Vargas.
Com a presença de autoridades como o vice-governador, Gabriel Souza, e o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, a expectativa é de que 500 a 1 mil pessoas compareçam à solenidade.