A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Um dos itens preferidos de que quem está no litoral, o milho verde ficou com um preço mais salgado neste começo de ano. Na Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa/RS), o valor da bandeja subiu quase 17% em uma semana, chegando a R$ 3,50. Outras 13 frutas, legumes e hortaliças também registraram. A maior delas, na beterraba, que teve aumento de 28,5% em uma semana, com o quilo a R$ 5. Na comparação com igual período de 2023, a alta é ainda maior: 63,9%. A cenoura, com o quilo a R$ 5,27, encareceu 26,4%,nos últimos sete dias, e o brócolis, 25,2% – custando R$ 4,17 a unidade.
O motivo? O mesmo que a coluna vem registrando nos últimos meses com o fenômeno do El Niño em ação: a chuva contínua.
— As folhosas estavam com muito problema. Os produtores não conseguiam colher. Isso deu um “buraco” na produção, porque quando os produtores tinham que plantar beterraba, cenoura, brócolis e milho, não conseguiram — explica Evandro Finkler, presidente da Associação dos Produtores Hortigrangeiros da Ceasa-RS.
Essa falta de “janela” de plantio faz com que, agora, o consumidor perceba uma oferta mais enxuta no varejo — inclusive na centrais. É o que explica assistente técnico regional da Emater de Caxias do Sul, Enio Todeschini:
— As culturas têm um período do ano adequado para o cultivo. Depois, pega a entressafra, e aí podem não se desenvolver tão bem.
A maior parte da produção de beterraba, cenoura e brócolis está localizada na Serra. Já o milho verde é produzido em abundância no Litoral Norte, em municípios como Maquiné, Três Forquilhas e Torres.