Além de arroz, soja e milho, uma nova "área experimental" brotará na 34ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que ocorre de 21 a 23 de fevereiro, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão. As inovações deste ano foram apresentadas pelos organizadores do evento nesta quarta-feira (7). Uma arena digital, com espaço aos que se dedicam a levar ferramentas tecnológicas e soluções ao produtor, entra para o roteiro da programação de três dias. Nesse que é considerado um projeto-piloto, cinco empresas estarão presentes.
— Existem hoje muitas ferramentas tecnológicas que podem auxiliar o produtor a ter um melhor controle da atividade. A ideia da arena é exatamente buscar essas ferramentas. Vamos dar o pontapé inicial desse assunto dentro da abertura — explica Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS), organizadora do evento.
Neste ano, o tema Gestão Potencializando Safra enfoca a importância do gerenciamento da propriedade para tornar a atividade sustentável. Além da arena, os drones terão um espaço específico para as demonstrações e a indústria 4.0 é outra área nova, onde estarão na vitrine os equipamentos e tecnologias voltados ao atendimento da indústria de beneficiamento do arroz. A colheita começa com a perspectiva de uma diluição dos efeitos negativos do El Niño sobre a produção. Depois do impacto no plantio, em razão do excesso de umidade, o cenário atual, com boa luminosidade, tem favorecido o desenvolvimento do cereal, que está em uma etapa crucial.
— Será menor do que se esperava a quebra na safra. Nas últimas três semanas, melhorou a condição do clima. Agora na hora da definição, está chovendo menos e tendo mais luminosidade — completa o presidente da Federarroz, estimando uma redução na safra "mais próxima de 5% do que de 10%".
Realizada dentro da estação da Embrapa, a Abertura Oficial da Colheita do Arroz tem lavouras de arroz, soja e milho, dentro do sistema integrado de produção preconizado para a viabilidade do produtor.
— A Embrapa é uma casa de ciência e tecnologia e hoje temos o Brasil na vanguarda mundial para agropecuária focada em produção de alimentos. Este evento, amadurecido, canaliza para cá não só as questões políticas, os negócios para a cadeia do arroz, mas também a ciência e tecnologia — disse Waldyr Stumpf Júnior, chefe-geral interino da Embrapa Clima Temperado.
Os organizadores estimam que, nos três dias de evento, 15 mil pessoas passem pelo local.