No calendário da pecuária de corte do Rio Grande do Sul, a primavera aparece como a estação da venda de animais que carregam a excelência genética no DNA. Neste ano, um guia feito em parceria pelo Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler) e pela Federação da Agricultura (Farsul) mapeou os eventos que serão realizados no período: até o momento, são 363 — a estimativa é de que feche perto de 400. Dos já contabilizados, 101 são de reprodutores, 133 de gado geral, 99 de cavalo crioulo e 30 de ovinos. Devem movimentar quatro mil touros, oito mil matrizes puras, 65 mil cabeças de gado geral, três mil equinos e 1,2 mil ovinos.
Já em curso, os remates contam, sem exceção, com transmissão — para quem quer acompanhar e comprar sem sair de casa. Uma plataforma que a pandemia consolidou como essencial. Sobre as cifras da temporada, que está recém começando e se estende até a metade de dezembro, o presidente do Sindiler-RS, Fábio Crespo, observa:
— O que está se esperando? Efetivamente vender. A quanto? Não arrisco um padrão ainda.
A primavera de 2023 tem um contexto diferente da de 2022: houve uma reacomodação de preços na pecuária, de cerca de 20%. Crespo observa que “há muita procura por fêmea”. O mercado catarinense também reforça os bons prognósticos:
— É bem seletivo, e (os criadores) estão buscando a qualidade aqui.
Presidente da Farsul, Gedeão Pereira ressalta que “os leiloeiros atuam em sinergia com a excelência atingida pelo setor” — e que é reconhecida no país todo.