A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A Justiça aceitou o pedido de medida protetiva da Cooperativa Languiru, com sede em Teutônia, no Vale do Taquari. Trata-se de um processo de liquidação extrajudicial, com objetivo de manter as atividades da empresa durante a reestruturação financeira. O endividamento da cooperativa é de mais de R$ 1,1 bilhão.
O processo corre em segredo de Justiça, portanto, não há como saber quais pedidos da cooperativa foram aceitos. Embora o caso esteja cadastrado no sistema do Tribunal de Justiça do RS como recuperação judicial, não é possível saber, no entanto, o teor do processo. Ao que tudo indica, a medida foi tomada para antecipar os efeitos de uma liquidação. A aceitação do pedido era considerada uma incógnita, já que pedidos de recuperação judicial não são cabíveis a cooperativas.
Uma coletiva de imprensa da Languiru foi marcada para a manhã desta quinta-feira (6), na sede administrativa da empresa, para explicar o plano de ação da cooperativa.
O ingresso da medida é mais uma estratégia de reestruturação da empresa, que passa por crise financeira. Ativos foram vendidos e outros estão em negociação para conter a saúde do negócio.