A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O mercado está para ovo, e não é qualquer um: é o brasileiro (e também gaúcho). De janeiro até maio, o país exportou mais do que todo o volume embarcado no ano passado. Foram 11,95 mil toneladas que zarparam, uma alta de 93,1% em comparação ao mesmo período de 2022 e de 26,1% na relação com todo o ano de 2022, conforme levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Nesse período, o Rio Grande do Sul ficou na segunda posição das vendas, atrás somente de Minas Gerais. Foram 2,27 mil toneladas comercializadas pelo Estado para o exterior, alta de 132%.
A influenza aviária, que já alcançou granjas comerciais em diversos países, foi um dos fatores que influenciou no aumento da demanda externa pela proteína. Um dos afetados pela doença, o Japão foi o principal destino dessas vendas, com 4,98 mil toneladas, volume 1.190% maior.
Na avaliação do presidente da ABPA, Ricardo Santin, esse "redesenho das vendas internacionais" reforça a qualidade da produção e da indústria nacional:
— Agora, Japão e Taiwan ocupam a liderança entre os destinos das exportações, somando mais de 70% do total embarcado pelo Brasil este ano. Além de mercados de alto valor agregado, são destinos que também detém elevados níveis de exigência sanitária, o que reforça o reconhecimento internacional sobre a qualidade dos produtos brasileiros.
Em receita, o país faturou US$ 29,67 milhões com os embarques, valor 165,8% maior. Já o Estado, US$ 8,58 milhões, 184% maior.