Não é só você, leitor, que está sofrendo com as altas temperaturas deste verão. Verduras e legumes também “sentem” os efeitos da onda de calor no Rio Grande do Sul. Como resultado, a produção acaba sendo afetada, com subsequente impacto no preço, dentro da velha lei da oferta e procura. Pimentão, alface, agrião e couve foram os hortifrútis da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) que mais registraram alta nos preços na última semana em razão das condições climáticas.
O pé de alface passou de R$ 2,50 para R$ 3,33, uma alta de 33,2% em sete dias. Já o quilo do pimentão subiu de R$ 4 para R$ 5,55, valor 38,75% superior, de acordo com pesquisa semanal feita pela Gerência Técnica da Ceasa/RS.
— As folhosas geralmente têm dificuldade de produção quando chega o verão. E o preço dispara. No caso do pimentão, a produção também está menor pelo calor — explica o gerente técnico da Ceasa/RS, Claiton Colvelo.
E, nas hortaliças, a situação se agravou ainda mais com as últimas chuvas, que poderiam vir para “salvar a lavoura”.
— O excesso de umidade na planta, que já está fraca pelo calor, prejudica ainda mais e faz com que ela não se desenvolva. Não temos alface graúda entrando —pontua Colvelo, afirmando que o preço poderá aumentar ainda mais daqui para frente, a depender da previsão do tempo.
Com pouca oferta do Rio Grande do Sul, que abastece 70% da Ceasa com esses produtos, a saída vai ser comprar de fora. Normalmente, os atacadistas com quem a Central mais faz negócio são do Sudeste, de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.
*Colaborou Carolina Pastl