A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Os primeiros efeitos da missão chilena que desembarcou no Rio Grande do Sul no fim do ano passado foram concretizados nesta segunda-feira (6). Em publicação no Diário Oficial do país, o Chile reconheceu o Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
A oficialização é um primeiro passo para que plantas gaúchas exportadoras de carne suína comercializem a proteína com o país sul-americano.
A publicação foi citada pelo governador Eduardo Leite em discurso durante o lançamento da Expodireto e comemorada por representantes do setor. Segundo Leite, o reconhecimento abre espaço para o Estado trabalhar a sua promoção comercial.
De acordo com Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips), este foi o primeiro reconhecimento do novo status gaúcho e apenas o início para novas sinalizações.
Uma segunda missão já foi realizada pela República Dominicana neste ano e há perspectiva de outra missão das Filipinas, em março.
— É importante porque atende a uma grande expectativa do setor — avalia Kerber.
Para o secretário da Agricultura do RS, Giovani Feltes, mais do que abertura ao mercado chileno, o vínculo comercial com o país coloca a proteína gaúcha em posição de destaque frente a outros potenciais mercados consumidores, a exemplo da Europa.
— É importante não só pela ocupação do mercado chileno, mas talvez pelo repique que ele pode dar à medida que o Chile é um grande exportador para o mercado europeu. O Chile tem acordos bilaterais com diversos países e isso vai nos beneficiar de qualquer maneira — avaliou Feltes.
Após a oficialização do reconhecimento de status, o passo seguinte fica com as empresas, que farão os contatos comerciais para habilitar suas plantas. Segundo Kerber, já há empresas que estão se mobilizando internamente para isso.
*Colaborou Carolina Pastl