Foi um começo batendo à porta do vizinho, e se devagar se vai ao longe, do Paraguai o queijo parmesão tipo grana produzido pela gaúcha RAR poderá chegar à China. A empresa que leva no nome as iniciais de seu criador, Raul Anselmo Randon, acaba de fechar sua primeira exportação do produto para o mercado da capital paraguaia, Assunção. E está em tratativas para fechar negócio com os chilenos. Colômbia e Peru também estão no horizonte.
— No ano passado, em outubro, fomos para o Paraguai e vimos o mercado que tinha na região de Assunção. Ali fechamos parceria. Estamos indo gradativamente, com os pés no chão. Vamos na América do Sul e olhando para frente — diz Sergio Martins Barbosa, CEO da RAR.
Com um planejamento a longo prazo, a empresa tem como meta de exportação, uma fatia de até 30%, a ser alcançada dentro de período entre cinco e seis anos. Para trilhar esse caminho, é preciso vencer desafios. Barbosa cita, entre outros, logística e custo:
— Primeiro, você tem de ser competitivo. Fizemos pesquisa de mercado para ver que preços seriam competitivos e também essa questão logística.
E exportação pode ser da forma inteira ou fracionada. No caso do Chile, há duas formas de embarque: via caminhões refrigerados ou de avião. A entrada está sendo concretizada com a parceria de grandes importadores, que ficarão responsáveis pela distribuição.
A RAR é a primeira empresa produzir o queijo tipo grana fora da Itália. E se as primeiras fatias do mercado externo são servidas na vizinhança, no futuro, poderão chegar a mesas como as dos chineses — a marca já tem a habilitação necessária. Da mesma forma, há possibilidade vislumbrada nos países árabes.