Uma das três gaúchas da delegação brasileira de oito agtechs a participar da COP27, a ConnectFARM vai divulgar a sua tecnologia em Sharm El Sheikh, no Egito, na próxima semana. Alinhada à temática, divulgará o software desenvolvido para ajudar a aumentar a produtividade e a mitigar emissão de carbono.
Estreante no evento, o CEO da ConnectFARM, Rodrigo Dias Franco, diz que as expectativas são as melhores possíveis:
— Estamos animados para representar o Brasil e falar que uma agricultura brasileira responsável e sustentável é possível.
O software da agtech utiliza um algoritmo para ajudar o produtor a tomar melhores decisões na sua fazenda. Para isso, primeiro é feito uma espécie de raio X da propriedade, com imagem de satélite e coleta e análise de solo. A partir disso, se define a área como baixo, médio ou alto potencial para sequestrar carbono. Com essas informações calculadas pela tecnologia, a empresa sugere qual o melhor manejo a ser adotado para concentrar mais carbono no solo — ou manter. Hoje, a empresa abrange mais de 1,5 milhão de hectares, de mais de 500 produtores, distribuídos em dez Estados do país.
— Funciona como um catalisador de informações para o agricultor. E o ajuda a conhecer melhor a sua área, caracterizá-la, entender qual o nível que cada área tem de tecnologia de investimento e qual potencial de retorno financeiro e ambiental que cada área pode ter — afirma Franco.
O próximo passo vislumbrado é possibilitar a comercialização desse carbono estocado em um mercado de créditos. Há um ano, a ConnectFARM começou um projeto de mensuração com clientes, que deve durar mais quatro. Para a COP27, a empresa foi selecionada por Sistema Sebrae e Ministério do Meio Ambiente.
Além da ConnectFARM, participam do RS, representantes do Sicredi e da See Energy.
*Colaborou Carolina Pastl