O superlativo é hoje a marca do Grupo Bom Futuro, com sede em Cuiabá e unidades espalhadas pelo Estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste. Tudo é na proporção macro quando se trata dessa empresa do agro com atuação desde a lavoura até a infraestrutura. Na produção de grãos, são 583 mil hectares. Uma realidade bem diferente daquela encontrada em 1982, quando a família Maggi Scheffer chegou ao Cerrado.
— Começamos quando era tudo Cerrado ainda. Fomos aos poucos trabalhando, fazendo equipe, para hoje termos essa grande empresa — lembra Marina Maggi Scheffer, uma das sócias do grupo.
Nascida em Torres, no Rio Grande do Sul, ela e os irmãos Eraí, Fernando e Elusmar e o marido, José Maria Bortoli, são os sócios do Grupo Bom Futuro (e primos de Blairo Maggi, ex-ministro da Agricultura, e à frente do Grupo A. Maggi). São sete áreas de atuação: agricultura (com produção de soja, milho e algodão), pecuária, piscicultura, sementes, energia, aeroportuária e imobiliária. Para dar conta dos desafios produtivos, a empresa também aposta em sustentabilidade: tem hoje sua própria biofábrica. No local, são produzidos bioinsumos para dois usos: controle de pragas, como a cigarrinha do milho e a mosca branca, e para a melhoria do solo (ferramenta em 100% das áreas de soja, milho e algodão).
— Hoje são 8 mil funcionários e temos de inovar sempre. Porque, para tocar um negócio desse tamanho não é fácil. Tem de ficar preocupado com tudo. A parte trabalhista, ambiental, tributária, transporte, armazenamento, comercial, fluxo de caixa. A equipe tem de estar afinada — contou José Maria Bortoli, durante a visita de um grupo de jornalistas às fazendas que fazem parte do grupo no município de Campo Verde, a cerca de 140 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso, onde fica a sede administra do Bom Futuro.
O pilar da educação, sustenta Bortoli, é outro que vem sendo reforçado por meio de diferentes iniciativas, dentro e fora da porteira. A filha Aline é uma das sócias-fundadoras do Instituto Farmun, que tem como propósito diminuir as distâncias entre a sociedade e o setor produtivo. Faz isso por meio de experiências no campo, levando professores e alunos para conhecer o espaço de produção.
— Educação é a primeira coisa. E nós, da iniciativa privada, temos de ser o exemplo. No meio ambiente, também. Daqui a alguns anos, todo mundo vai ver o resultado dessas questões que estamos implantando hoje — reforçou Bortoli.
Um departamento de Meio Ambiente foi criado para dar atenção exclusiva às questões relacionadas ao tema dentro do grupo.
O Grupo Bom Futuro em números
- São 583 mil hectares cultivados com grãos. A a soja é o carro-chefe, com uma safra média de 1,3 milhão de toneladas
- De algodão, são em média, 300 mil toneladas de pluma
- O grupo possui 33 unidades centralizadoras de produção em Mato Grosso, 21 unidades de beneficiamento e armazenamento de grãos, nove unidades de beneficiamento de algodão, três unidades de beneficiamento de sementes e uma biofábrica
*A colunista viajou em roteiro de curso organizado pelo Insper