De hoje até sexta-feira, a estação experimental da Embrapa de Capão do Leão se transforma na capital da 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz em Terras Baixas (foto acima). O foco da programação será a produção de alimentos no pós-pandemia, com novo patamares e desafios. A começar pela estiagem que neste momento impacta a cultura no Estado, maior produtor nacional e que é 100% irrigada.
O número consolidado de perdas será conhecido à medida que as máquinas avançarem nas lavouras. Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz-RS), Alexandre Velho, as regiões mais afetadas são a Central e a Fronteira Oeste, que representam 30% da produção gaúcha do cereal.
— (Nesses locais) a chuva é irregular, e as barragens não estão recuperando o nível. Por isso mesmo, há casos de abandono de 10% até 50% da área cultivada — relata Velho.
O dirigente lembra ainda que a inevitável diminuição do volume desta safra não irá apenas impactar o bolso do produtor, mas também do consumidor.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, em 30 dias, a saca de 50 quilos de arroz se valorizou 15,8%. Ontem, fechou a R$ 72,34.
O ponto alto da abertura oficial é a colheita simbólica, marcada para sexta-feira, às 14h, e que dá a largada às atividades no Estado. A cerimônia conta com a participação de autoridades e representantes de entidades do setor. Também será possível acessar os debates de forma virtual.
*Colaborou Carolina Pastl