Diante das dúvidas, os organizadores resolveram esclarecer: a realização da 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz em Terras Baixas, está mantida. O evento, realizado na Embrapa, em Capão do Leão , foi marcado para o período de 16 a 18 de fevereiro. Questionamentos vieram em razão do aumento no número de casos da covid-19 atribuídos à variante ômicron.
Na nota da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS) sobre a confirmação, a entidade pontua que a decisão não desconsidera o cenário atual, mas que, em razão do “sucesso do avanço da vacinação da população brasileira, bem como das características, até o momento, da referida variante no país e nos demais países” tem a convicção de que é possível fazer a abertura da colheita “de forma segura à integralidade dos participantes”.
E classifica como imprescindível que o debate ocorrido nos três dias seja mantido em razão dos desafios que se impõem à produção.
Um deles é a estiagem. Ainda que a cultura seja 100% irrigada no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional do cereal, o baixo nível dos reservatórios de água, pela falta de chuva, trará efeitos. O presidente da Federarroz-RS, Alexandre Velho, explica que, em razão disso, há produtores que tiveram de optar em atender dar preferência a uma parte da área, abandonando parcela de até 20%. Outro fator que deve impactar o rendimento vem do plantio, realizado em período muito seco, dificultando o controle de ervas daninhas.
– Ainda é cedo para mensurar perdas, mas é fato que teremos diferença na produtividade. A consequência é a menor produção – explica o dirigente.
Por ter sido irregular, a chuva deste momento ainda não reequilibra a situação.