No embalo da safra farta colhida no ano passado, o porto de Rio Grande zarpou em direção a novo recorde. Considerando importações, exportações e trânsito, foram 45,19 milhões de toneladas movimentadas ao longo de 2021, maior volume em 106 anos de história. Na lista dos principais produtos embarcados via terminal gaúcho, o mais representativo, como de praxe em anos de boas colheitas, foi a soja.
O grão teve 12,82 milhões de toneladas negociadas com mercados externos, crescimento de 38,23% sobre 2020, quando outra estiagem derrubou a produção do Rio Grande do Sul. Logo depois, na relação das maiores quantidades, está o farelo de soja, com 2,9 milhões de toneladas, aumento de quase 22% em igual comparação.
Em percentual, o maior avanço foi nas cargas de frango congelado: 577,68% sobre 2020, seguido pela madeira, com alta de 116,08%. Destaque ainda para o trigo, que teve produção recorde em 2021 e exportação de mais de 1 milhão de toneladas, 63,51% a mais, em igual comparação.
Na contramão dessa ampliação ficou o arroz. Questões conjunturais, como a variação cambial e dificuldades logísticas – que levaram a um encarecimento do frete – afetaram os negócios externos. As 922 mil toneladas despachadas representam um recuo de 33,7% ante 2020.
Dos produtos exportados via Rio Grande, a China, sem surpresas, foi o principal destino – levou pouco mais da metade do total exportado pelo Estado. E ficou bem à frente da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, países que fazem a lista dos três principais compradores.