Faltando apenas contabilizar os embarques de dezembro , o Brasil caminha a passos largos para bater sua própria marca e ampliar a posição de maior exportador mundial de frango. A projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é a de que se chegue a um volume recorde de 4,5 milhões de toneladas, superando o então melhor resultado, obtido em 2016. Para a entidade, os números do acumulado até novembro reforçam esse cenário: foram 4,2 milhões de toneladas, alta de 9,08% sobre igual período de 2020. Em receita gerada também há crescimento, de 25,3%, com a cifra de US$ 6,94 bilhões.
— Confirmam a tendência projetada de bater novo recorde, aumentando ainda mais a distância para o segundo colocado. Com uma diferença que é maior do que o volume do quinto maior exportador. Consolida o Brasil como líder absoluto e parceiro na segurança alimentar — avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.
No ranking mundial, o segundo lugar nas exportações de frango fica com os Estados Unidos. E a diferença neste ano em relação ao Brasil deve superar 1 milhão de toneladas, igual ao volume total embarcado pelo quinto colocado, a Turquia. Ou seja, o produto brasileiro será mais líder do que nunca. A posição de maior exportador de frango foi alcançada em 2004 e vem sendo mantida desde então.
Entres os destinos com aumento nas vendas do mês de novembro, a ABPA cita Japão, Emirados Árabes, África do Sul, União Europeia e Filipinas. A China segue sendo o principal comprador, mas no mês passado reduziu em 23% as importações, que no acumulado do ano também registram queda, de 4,2% em volume. Reflexo do momento de negociação de preços, segundo a entidade.
— As vendas de produtos de maior valor agregado foram mais representativas na pauta externa de carne de frango do Brasil, tendo influência direta na receita de exportações de novembro e dos demais meses do ano — avalia Luis Rua, diretor de mercados da ABPA.