A julgar pelos resultados da largada, o novo ano-safra promete ser de resultados igualmente positivos para o Sicredi no Rio Grande do Sul. No primeiro mês de vigência do pacote do financiamentos do ciclo 2021/2022, julho, a cooperativa de crédito registrou aumento de 51% no volume de recursos contratados em relação a igual mês do ano passado.
Um começo com o pé direito depois de fechar o período de 2020/2021 com 127,04 mil operações de crédito rural, o que representa alta de 7,6% sobre a performance anterior.
– Isso representa 44% do total de contratos no Estado (de financiamentos no agro). É um número que nos surpreendeu – afirma Márcio Port, vice-presidente do Sicredi Sul/Sudeste.
Em valores, foram R$ 9,87 bilhões, crescimento de 26% e fatia de 29% do total do RS.
Do total financiado, a maior parte, 63%, foi para custeio. Na relação dos cinco municípios onde mais se buscou esse financiamento estão Ijuí, Espumoso, Santa Rosa, Ibirubá, Três de Maio. Outros 30% do valor liberado foram em linhas de investimento, onde se encaixam máquinas e implementos.
Presente na Expointer, a cooperativa optou por não divulgar valores negociados em razão deste ter sido um ano “atípico”, observa Port. Com preços em elevação e dúvidas em relação à adesão de fabricantes, teve quem preferiu não esperar:
– Fizeram os negócios antes.
Para Port, os números de julho são uma evidência desse movimento de antecipação.
E, apesar do apetite acelerado por crédito ter levado à suspensão de linhas do BNDES muito antes do fim do Plano Safra, o dirigente afirma que os recursos próprios da instituição fazem frente à demanda dos produtores rurais.