Você pode até desconhecer o nome em si, mas as práticas por ele representadas têm sido ferramentas cada vez mais essenciais para os negócios.
E não é diferente com os da agropecuária. A importância do ESG, sigla em inglês que refere-se a três pilares, ambiental, social e governança, está no radar do Brasil. Uma pesquisa feita pela PwC no ano passado mostrou que 47% dos entrevistados classificaram as informações do tema como sendo tão importantes como as da área de finanças da companhia. Outra, divulgada em 2021, apontou que 47% dos líderes do agro acreditam que suas empresas precisam fazer mais para divulgar seu impacto ambiental – nos demais segmentos, 39%.
– No agro, a conexão que faço é com competitividade e exportação. Hoje em dia, uma empresa que quer exportar precisa adotar pelo menos boas práticas. É uma questão de competitividade e sobrevivência – avalia Rodrigo Provazzi, sócio da PwC Brasil e responsável pela prática de Governança, Riscos, Controles, Compliance e Auditoria Interna na Região Sul.
A questão ambiental, por exemplo, que tem ganhando um grande destaque, entra como um diferencial competitivo do Brasil, acrescenta Provazzi, frente aos concorrentes de mercado:
– Acho que há espaço para agregar um pouco mais de valor.
Seja na propriedade familiar ou em uma grande companhia do segmento, há questões que aparecem como ponto de atenção, no curto e médio prazo.
O primeiro, cita o sócio da PwC, é o engajamento de quem tem participação direta na organização (acionistas, associados, núcleo familiar). Outro é o respeito à velocidade e às particularidades da organização, mantendo a visão de jornada. Ou seja, as mudanças não serão de um dia para o outro.
O foco nos principais riscos da atividade é mais um fator. Assim como o envolvimento das pessoas, que precisam ser treinadas.
E tem ainda o incentivo, tanto do ponto de vista de competição, quanto o de valorização do produto por meio do selo.