A edição deste ano da Expointer fará uma nova travessia também na área de saúde animal. Será a primeira edição da feira com o Rio Grande do Sul oficialmente com o novo status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O que traz implicações práticas para o evento, marcado para 4 a 12 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
A primeira delas é a limitação do grupo de bovinos. Somente animais de áreas com igual condição podem estar presentes.
— Os que são de áreas livre de aftosa sem vacinação precisam apenas da guia de trânsito animal — reforça Fernando Groff, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Agricultura do RS.
Por um lado, isso restringe a participação de Estados como São Paulo, por exemplo. Mas abre a porteira para exemplares de Santa Catarina. Para ovinos, também suscetíveis à aftosa mas que não têm imunização, a regra é diferente. Planteis vindos de áreas que ainda vacinam o rebanho bovino podem participar da Expointer. Desde que tenham passado por “quarentena” de 28 dias e por testagem.
Nesse caso, Santa Catarina, por ser também livre de aftosa sem vacinação, fica com a entrada facilitada — antes, podia participar, mas tinha a necessidade de cumprir o isolamento para o retorno.
— A mudança de status fechou a participação para alguns Estados, mas abriu para outros. Havia interesse de criadores de ovinos e caprinos de Santa Catarina em participar. O Estado vizinho também tem bastante criador de bovinos da raça devon — pontua Leonardo Lamachia, presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac).
Desta terça-feira (27) a 4 de agosto, está aberto período para que associações de raça e entidades insiram os dados das inscrições no sistema oficial da secretaria para os animais que participam de exposição e avaliações morfológicas na feira.