Faltando pouco mais de duas semanas para acabar, o Plano Safra 2020/2021 terá as contratações retomadas nesta segunda-feira (14). Ao mesmo tempo, o Ministério da Agricultura corre para conseguir submeter, ainda nesta semana, o novo pacote à avaliação do Comitê Monetário Nacional (CMN). Embora relativos a ciclos diferentes, ambos dependiam da recomposição do orçamento da União. Aprovada pelo Congresso, colocou de volta R$ 3,7 bilhões para operações de crédito rural. A sanção presidencial na última sexta-feira concluiu o processo para a garantia dos recursos.
No mesmo dia, o Tesouro Nacional autorizou a retomada dos contratações do Plano Safra ainda em vigor, até o dia 30 de junho, e que haviam sido suspensas em 5 de maio, por determinação do órgão, em razão dos cortes. É que operações feitas agora implicam ter dinheiro disponível para subvenções futuras.
Operador de linhas do pacote, O BNDES confirmou que reabre hoje o protocolo de operações dos Programas Agropecuários do Governo Federal. Será liberado um valor superior a R$ 1 bilhão para diferentes linhas de financiamentos da agricultura familiar, por meio do Pronaf, e da empresarial, nos demais programas.
No balanço divulgado no início deste mês, o Ministério da Agricultura apontava R$ 233,93 bilhões financiados em 11 meses do atual Plano Safra, valor 19% superior a igual comparação do ciclo anterior. Em números de contratos, o avanço foi de 5%, somando 1,85 milhão.
Com uma demanda por crédito rural que cresce no ritmo da expansão do agronegócio brasileiro, e sem pernas para acompanhar esse pique, o Ministério da Agricultura trabalha com a definição de prioridades no pacote 2021/2022. Estão nessa lista a agricultura familiar e a subvenção do seguro rural.
A expectativa é de que possa concluir o desenho para que o CMN avalie em reunião extraordinária – já que a próxima agendada é só no dia 24. Como entra em vigor no dia 1º de julho, o Plano Safra precisa ser apresentado antes disso.