Não usar plástico nas embalagens e zerar as emissões de carbono compõem a lista de iniciativas adotadas pela Fazenda da Toca para pôr em prática seu propósito de sustentabilidade. Assim como garantir a reciclagem do volume equivalente do que produz de embalagem, controlar o consumo de água e dar o destino correto ao lixo. A propriedade, que fica em Itirapina, município a cerca de 200 quilômetros da capital paulista, tem como carro-chefe a produção de ovos orgânicos em larga escala.
Com poleiros, espaços para banhos de areia, galpões e áreas externas para ficar, as aves são criadas de forma livre, com alimentação produzida na própria fazenda, e tratadas com medicações homeopáticas e fitoterápicas.
Embora com atividades desde a década de 1970 pela família proprietária, foi em 2009 que passou a direcionar a produção para os orgânicos. Junto a parceiros, hoje também produz leite, milho e limão — cultivado em sistema agroflorestal.
A marca foi lançada em 2014. De lá para cá, a produção aumentou em mais de 10 vezes, segundo Fernando Bicaletto, CEO da Fazenda da Toca. Como conta, a propriedade busca ser eficiente em três aspectos voltados à sustentabilidade:
— Ambiental, que por si só já tem uma grande pegada por ser orgânico. Questão social, tentar influenciar a nossa região e também os nossos colaboradores com políticas adequadas. E o pilar financeiro, que era o grande desafio naquele momento, de ter uma atividade orgânica em larga escala sólida nos três pilares.
A partir de pesquisas internas, apoio de especialistas e também na base da tentativa e do erro, o projeto foi se consolidando. E mostrando que "é possível produzir orgânicos em larga escala", como ressalta Bicaletto. Hoje, os produtos da Fazenda da Toca chegam a 11 Estados, incluindo o Rio Grande do Sul. As experiências do espaço serão contadas pelo CEO no painel Agronegócio Sustentável, evento gratuito realizado pelo programa Papo +B Setorial no próximo dia 27, com inscrições e link disponíveis em www.papomaisbsetorial.com.
*Colaborou Isadora Garcia