É na nova fronteira agrícola do grão, na Metade Sul, e na zona mais fria, nos Campos de Cima da Serra, que ainda há soja por colher no Rio Grande do Sul. Na média do Estado, houve um avanço de 19 pontos percentuais em uma semana, com o total chegando a 80% da área semeada, aponta levantamento da Emater.
Esse salto foi possível, observa Alencar Rugeri, diretor-técnico da instituição, pela combinação de tempo seco e ritmo acelerado das máquinas.
Faltando 20% da área, os resultados têm corroborado as projeções positivas para a safra — de volume total de 20,20 milhões de toneladas e produtividade estadual de 3.326 quilos por hectare (o que representa 55,43 sacas).
Na regional de Pelotas, à medida que as máquinas avançam (o percentual lá é de 61%), as produtividades vão crescendo na direção da maior safra da região. Isso faz com que filas de caminhões carregados se formem nas cerealistas.
Na área de Bagé, a colheita chega a 65%, com produtividades variadas, mas a maioria é de 50 sacas, aproximando-se da média estadual. Desempenho importante para a região, que tem clima, solo e condições diferentes dos polos mais antigos de produção.
Há pontos em que o ritmo da soja desacelerou um pouco para dar preferência à finalização da colheita do arroz, que chega a 94,85% no RS, segundo levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). E vai confirmando o maior rendimento da história: 8.870 quilos por hectare.