É com um projeto-piloto no Rio Grande do Sul, que será detalhado nesta quinta-feira (8), que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se insere na posição de garantidor de financiamentos rurais, dentro das chamadas operações estruturadas de crédito. É por meio delas que o setor busca ampliar a fonte de recursos para que produtores possam financiar custos e investimentos da atividade.
A aprovação da lei 13.986 (oriunda da chamada MP do Agro), no ano passado, regrou de forma mais clara a participação do capital privado no financiamento do setor, com a possibilidade de investimentos de pessoas físicas por meio da compra de títulos, como, por exemplo, os certificados de recebíveis do agronegócio (CRA).
Para o produtor, os mecanismos se tornam uma opção para além das instituições financeiras tradicionais na hora da busca por dinheiro para custear a produção e investir na atividade. E vêm como resposta à demanda do agronegócio, diante dos sinais de esgotamento do sistema convencional, em que o governo entra com dinheiro para equalização de juro. Com recursos cada vez mais escassos, o governo mira suas ações na viabilização do seguro rural.
O piloto no Brasil foi feito para a Cotrijal, após um longo processo de construção, com Ministério da Agricultura, Farsul e BNDES, que entra como garantidor. Nesta terça-feira (6), foram captados R$ 29 milhões, por meio da oferta pública de CRAs, que permitirão à cooperativa dar melhor apoio às atividades dos produtores rurais associados.