Seja no campo ou na cidade, as mulheres podem ser o que quiserem. Cada vez mais. Elas pilotam aeronaves e tratores. Escrevem livro e ensinam a melhor época do plantio. Dão carinho e zelam pela segurança da sociedade. E por aí vai. As possibilidades são inúmeras, mas nem sempre as oportunidades são iguais. E é por isso que todas nós batalhamos: pela chance de buscar o reconhecimento com base em talento, competência e preparação.
Nos estabelecimentos rurais, as mulheres ganharam espaço. Ainda assim, os homens seguem como maioria nos estabelecimentos rurais. Segundo o último Censo Agropecuário do IBGE, eles representavam 81,3% do total de produtores nacionais. No Rio Grande do Sul, 87,9%. Mulheres em posições de chefia no agronegócio também são mais raras do que deveriam ser, a ponto de virarem notícia. Só em 2020 a superintendência do Ministério da Agricultura do RS teve sua primeira mulher no comando. Foi também no ano passado que a multinacional Bayer passou ter o inédito comando feminino da engenheira agrônoma Malu Nachreiner na divisão agrícola do Brasil, que é a de maior faturamento da marca.
E o reconhecimento vindo das próprias mulheres também é fundamental. Neste ano, GZH convidou suas colunistas a falarem sobre uma colega que inspira para marcar esse 8 de março. E só tem feras: Giane Guerra, Kelly Matos, Marta Sfredo, Rosane de Oliveira, Sara Bodowsky e Thamires Tancredi. Cada uma traz, diariamente, inspiração enquanto profissionais e mulheres.
Minha missão era falar sobre essa moça de risada inconfundível e talento igualmente reconhecido: a Kelly Matos. Eu poderia falar sobre a incrível habilidade que ela tem de deixar seus entrevistados à vontade. Mas escolhi destacar uma inspiração da Kelly mulher: a dedicação às causas sociais. Basta um pedido de ajuda e ela já se habilita e mobiliza todo mundo. Ela gosta de ajudar o outro. Algo raro nesses tempos difíceis que vivemos.