Entre as cooperativas agropecuárias gaúchas com faturamento de mais de R$ 1 bilhão está a Coopatrigo, com sede em São Luiz Gonzaga, nas Missões. No ano passado, apesar da redução em volume nas safras de verão e de inverno, a receita gerada foi levemente superior, somando R$ 1,37 bilhão.
– É um resultado bom pelo ano extremamente difícil – avalia o presidente Ivo Batista.
Nos 14 municípios de atuação, a média de quebra nas lavouras de soja, causada pela estiagem, foi de 45%. E, nas de trigo, afetadas pela geada, de 25%. A valorização dos produtos em reais ajudou a compensar um pouco o recuo na colheita. Como havia contratos de venda futura, com preços já fixados, a maioria dos produtores não conseguiu aproveitar o pico de alta em produtos como a soja.
O resultado líquido foi de cerca de R$ 40 milhões. Metade dessa quantia é distribuída como retorno aos associados. A outra é aplicada na cooperativa.
Além do recebimento de grãos, a Coopatrigo beneficia arroz (são duas marcas) e fábrica de ração. Entre os projetos futuros, está no radar a ampliação da área de alcance, com projetos para incluir São Borja e Itacurubi no mapa.
Neste momento, as atenções se voltam às lavouras. No milho, a colheita em áreas de sequeiro já começou. O tempo seco ao longo da primavera deverá impor perdas significativas na região, de até 90%. Nas áreas irrigadas, esse percentual cai para 25%. Semeada com um pouco de atraso, a soja, por ora, tem um bom desenvolvimento.