O Rio Grande do Sul passa, nesta semana, por etapa que tem papel decisivo na busca pelo status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Equipe do Ministério da Agricultura fará o acompanhamento de 18 itens mapeados em vistoria no ano passado. Do parecer positivo depende não só a continuidade do processo como também o apoio dos produtores, que têm papel essencial na progressão.
Apesar de protocolar, o acompanhamento a ser feito entre terça (4) e quarta-feira (5) é o que pode garantir ou barrar a chegada da solicitação à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). É de lá que sai a validação e a certificação da mudança. Chefe da Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff explica que os técnicos do ministério farão análise de documentos, já enviados, referentes ao plano de ação para cumprimento dos 18 itens apontados na auditoria de 2019. Também será verificado o plano estratégico. A estimativa é de que possa ser feito nos dois dias previstos – por meio de videoconferência, em razão da pandemia.
– É preciso estar tecnicamente apto para fazer o pleito (de evolução do status sanitário). A avaliação precisa ser positiva para demonstrar que temos tecnicamente condições – explica Groff sobre a importância da análise.
Depois da verificação é feito um relatório. Essas informações são encaminhadas ao comitê de especialistas da OIE – o que usualmente é feito até outubro. É esse grupo que emite parecer favorável ou não para a assembleia da entidade, realizada anualmente em maio.
Dos itens apontados, dois ainda estão em andamento o que, segundo a pasta, não é um problema. Os 72 veículos para reforçar a frota do departamento de defesa sanitária, com recursos da secretaria, foram adquiridos.
A entrega atrasou em razão das restrições decorrentes da covid-19. Outros 28 têm recursos da União garantidos. O processo para a contratação de 150 terceirizados está em curso, com a abertura das propostas marcada para amanhã.
Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) aguardam o parecer. Em fevereiro, sinalizaram apoio, com a condição reavaliar o tema após essa nova análise do ministério.
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