O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
No caminho rumo à condição de área livre de febre aftosa sem vacinação de bovinos e bubalinos, o Rio Grande do Sul corre contra o tempo para atender às exigências do Ministério da Agricultura antes de inspeção decisiva, que deverá ocorrer na primeira quinzena de agosto.
De uma lista de 18 itens a serem cumpridos até a data da vistoria federal, ainda indefinida, o Estado tem dois tópicos pendentes: a aquisição de cem veículos e a contratação de 150 auxiliares administrativos para as inspetorias veterinárias em todo o território gaúcho.
Com investimento estimado em R$ 12 milhões, o reforço da frota e a ampliação do quadro de funcionários são pontos considerados cruciais para o Estado poder seguir avançando em direção à retirada da vacina. Ambos tiveram evolução nos últimos meses, mas ainda aguardam desfecho.
A compra dos carros é o item mais próximo de ser atendido. A montadora vencedora do processo licitatório deverá definir até terça-feira um cronograma para o envio de 72 caminhonetes.
O secretário da Agricultura, Covatti Filho, enfatiza que há expectativa de que, ainda nesta semana, ocorra um ato formalizando a entrega. A aquisição dos outros 28 veículos ocorrerá com recursos do ministério, que estão assegurados.
Já a contratação de pessoal ocorrerá de maneira terceirizada. Inicialmente previsto pelo secretário para maio, o edital da licitação foi publicado na semana passada. As propostas para fornecimento de mão de obra serão ouvidas em 4 de agosto.
– Até a vistoria, deveremos ter cumprido todos os requisitos – garante o secretário.
Mesmo que no dia da inspeção os 150 auxiliares administrativos não estejam alocados nas inspetorias, isso não deverá prejudicar a avaliação do Ministério da Agricultura. Segundo Covatti Filho, o importante é ter a definição do processo de contratação dos profissionais, que poderiam iniciar as atividades a partir de setembro.