Dentro de uma semana, o Ministério da Agricultura realiza a auditoria que pode fazer o Rio Grande do Sul avançar no processo para a evolução do status sanitário, para livre de vacinação contra a febre aftosa sem vacinação. A vistoria ocorrerá nos dias 4 e 5 de agosto, com foco nos 18 pontos relacionados na primeira avaliação, feita no ano passado.
Do parecer do órgão federal depende a continuidade desse passo – e também o apoio de entidades de produtores, que querem se certificar de que há segurança em dar esse passo. Não por acaso, ações consideradas importantes para reforçar a estrutura física e de pessoal da Secretaria de Agricultura do Estado: acréscimo de cem veículos e contratação de 150 profissionais, investimento de cerca de R$ 12 milhões.
O secretário da Agricultura, Covatti Filho, se mostra confiante na rápida definição desses pontos. Espera para hoje o recebimento do cronograma de entrega dos veículos. Sobre a contratação dos terceirizados que reforçarão o quadro, entende que não deve ser um problema. A abertura dos envelopes com propostas de empresas ocorre no mesmo dia que chegam os técnicos para a avaliação final do Ministério da Agricultura.
– Nossa expectativa era de que fosse um pouco mais para a frente a auditoria. Mas isso não deve ser impeditivo porque os processos estão adiantados – entende Covatti Filho.
Ontem, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo, ex-titular da Agricultura e criador da Frente Parlamentar em Apoio à Evolução do Status Sanitário, realizou videoconferência em que o secretário falou sobre as medidas já implementadas.
– O status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação é um degrau fundamental para o desenvolvimento do Estado – observou Polo.
O resultado dessa auditoria é crucial para que entidades como a Federação da Agricultura do Estado e a Federação das Associações Brasileiras de Criadores de Animais de Raça referendem apoio à evolução. Em assembleia realizada em fevereiro, ambas condicionaram o apoio a esse teste final.