Oficialmente, o relatório chega só na semana que vem. Informalmente, o Ministério da Agricultura sinalizou que o parecer para o pedido do Rio Grande do Sul de ser zona livre de aftosa sem vacinação será positivo. A informação veio em reunião nesta quinta-feira (6), com o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Geraldo Marcos de Moraes. O documento é esperado para a quarta-feira (12) e a solicitação para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) encaminhada até a sexta-feira (14). Na prática, isso significa o reconhecimento nacional do Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa sem vacinação. O título é, por ora, uma formalidade, a senha que o Estado precisa para submeter-se à avaliação do organismo internacional.
É a OIE quem faz a certificação da evolução do status sanitário que abre portas para mercados hoje não acessados pelos gaúchos. A análise é feita por um comitê técnico e o reconhecimento como zona livre da doença sem imunização do rebanho referendado em assembleia, programada para maio de 2021.
A etapa de avaliação feita agora por auditores externos indicou que 77% das ações do plano traçado pelo Estado estão em andamento, dentro do prazo ou concluídas, explica Helena Rugeri, superintendente regional do ministério.
— Como Estado, temos de esperar parecer oficial do ministério, mas vemos com otimismo o resultado do esforço que fizemos. Semana que vem é decisiva para retirada da vacina — observa Covatti Filho, secretário da Agricultura.
Antes do Ministério da Agricultura se manifestar oficialmente, Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) se reúnem, na segunda-feira (10), para uniformizar as informações repassadas até o momento. Um dia depois, cada entidade fará uma assembleia com seus associados para definir se é a favor ou contra a continuidade do processo de evolução do status sanitário a partir de agora.
— A tomada de decisão é do governo federal. É uma prorrogativa deles levaram ou não em conta nossa posição — observa Leonardo Lamachia, presidente da Febrac.
O apoio das entidades, embora não seja pré-requisito, é importante. Como a responsabilidade é compartilhada com o produtor, ele é peça fundamental do sistema em que se troca a ferramenta da vacina da vigilância constante.
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