A Secretaria da Agricultura do Estado publicou nesta sexta-feira (24) a instrução normativa que traz regras adicionais para o controle da nuvem de gafanhotos, caso chegue ao Rio Grande do Sul. O documento traz 10 artigos referentes a ações que devem ser adotadas, em linha com as definições das portarias previamente publicadas pelo Ministério da Agricultura, entre as quais está a de declaração de estado de emergência fitossanitária. Um dos pontos importantes é o que determina a comunicação obrigatória de surtos por parte do produtor.
— Sabemos que a nuvem tem mobilidade grande e, para isso, é necessário que haja a comunicação, para evitar problemas . Como os produtores são as pessoas que estão na ponta, é imprescindível que informem sobre eventuais ocorrências — ressalta Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da secretaria.
O texto também traz a relação dos canais, definidos pelo Comitê de Emergência Fitossanitária para receber as comunicações (veja quadro abaixo). A constatação do surto e posterior autorização para a aplicação de produtos será feita por essa comissão — para evitar uso excessivo ou indevido. O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da secretaria reforça que, neste momento, a ação indicada é de observação:
— A única orientação, atualmente, é que o produtor se mantenha vigilante.
O secretário da Agricultura, Covatti Filho, lembra que já existem recursos disponíveis para garantir medidas de controle caso a praga chegue ao Estado — o ministério liberou R$ 600 mil, que seriam suficientes para 21 dias, dentro das iniciativas previstas no Plano de Contingência. Uma estrutura de cem profissionais de órgãos estaduais e federais e 70 aviões agrícolas estão de prontidão, caso seja necessário.
— Os recursos serviriam para uso das aeronaves, para comprar equipamentos, pagar diárias, entre outras ações — explica o secretário.
As equipes seguem mobilizadas. Um alento vem das informações repassadas pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa). Na quinta-feira (23) produtores fizeram aplicações terrestres de agrotóxicos na província de Entre Ríos, conseguindo eliminar parte da nuvem. A previsão de tempo frio e chuvoso também é vista como fator para inibir novas movimentações. Há uma segunda nuvem, ao norte, que também é monitorada.
Rede de comunicação
Em que canais o produtor pode informar eventuais surtos do gafanhoto:
- Endereço eletrônico vigifito@agricultura.rs.gov.br
- Telefones (51) 3288 6289 e (51) 3288 6294
- Telefone e aplicativo Whatsapp (51) 984129961
- Escritórios Municipais ou Regionais da Emater
- Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDA)ou pelos Escritórios de Defesa Agropecuária (EDA) da secretaria, podendo ainda participar secretarias municipais de agricultura e entidades associativas de produtores rurais.