O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Após intensificar a aplicação de agrotóxicos com aviões e tratores nos últimos dias, técnicos dos serviços agrícolas da Argentina estão perto de dizimar a nuvem de gafanhotos que circula pelo país vizinho. Neste domingo (26), o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar da Argentina (Senasa) informou que entre 80% e 85% dos insetos já estariam mortos, o que diminui o risco de a praga avançar rumo ao Rio Grande do Sul.
A nuvem está concentrada no município de Federación, na província de Entre Ríos, e permanece a 94 quilômetros de Barra do Quaraí, na Fronteira Oeste. A queda da temperatura e a ocorrência de chuva fina na região diminuíram a movimentação dos insetos e acabaram facilitando o trabalho de combate à praga. Com isso, conseguiu-se delimitar com maior precisão os pontos onde se realizam as aplicações de produtos químicos.
A pulverização vem ocorrendo em uma área com 400 hectares, envolvendo nove propriedades rurais ligadas principalmente à citricultura.
Agora, a estimativa é que a nuvem tenha sido reduzida de 400 milhões para 80 milhões de insetos.
- A chance de ingresso da nuvem no Estado é pequena e, com essa redução expressiva, a situação é mais tranquila - salienta Juliano Ritter, fiscal agropecuário da Secretaria Estadual da Agricultura.
Ritter enfatiza que a previsão do tempo para os próximos dias, de temperaturas amenas, facilita as ações de combate à nuvem. Com isso, há possibilidade de que ela seja totalmente extinta nos próximos dias pelos profissionais argentinos.