O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) decidiu reforçar posição a favor das exportações de bovinos vivos realizadas por pecuaristas gaúchos. A entidade divulgou nota, neste final de semana, afirmando que a venda do chamado gado em pé surge como “uma oportunidade de buscar melhores remunerações do que no mercado interno” e não afeta a oferta de animais para abate no Estado.
A manifestação da entidade vem após o Sindicato das Indústrias de Carnes do Estado (Sicadergs) divulgar manifesto, na sexta-feira, demonstrando preocupação com os impactos das exportações de animais na economia gaúcha, como a perda de arrecadação de ICMS e de empregos nos frigoríficos do Estado.
“O Sicadergs busca ‘coibir´ essa prática, ferindo princípio que sempre defendemos, que é da liberdade de mercado, ou seja, do produtor rural ter a possibilidade de negociar e buscar melhores resultados no seu negócio”, rebateu a Farsul em sua nota.
A discussão sobre os negócios para o Exterior foi reaquecida no final de março, após o porto de Rio Grande registrar embarque recorde de cerca de 20 mil animais para a Jordânia, no Oriente Médio.