Gisele Loeblein

Gisele Loeblein

Jornalista formada pela UFRGS, trabalha há 20 anos no Grupo RBS e, desde 2013, assina a coluna Campo e Lavoura, em Zero Hora. Faz também comentários diários na Rádio Gaúcha e na RBS TV.

Digitalização acelerada

Busca em plataforma digital do agro cresceu mais em Porto Alegre do que na média do país

Procura maior em março reflete restrições impostas pela covid-19 em indústria e comércio

Gisele Loeblein

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Mauro Vieira / Agencia RBS
Entre os itens mais buscados estão peças de reposição, ferramentas e insumos

Não é apenas no meio urbano que as restrições em razão da pandemia vêm provocando mudanças no comportamento de consumo. O contexto atual tem ajudado a acelerar a digitalização dos negócios no meio rural. Pelo menos essa é a leitura feita pela Agrofy, plataforma digital nascida na Argentina e com operação no Brasil. 

Marketplace de produtos que vão de insumos a máquinas agrícolas, registrou aumento de 9,3% dos acessos no país em março na comparação com fevereiro. Em Porto Alegre, que tem um dos escritórios regionais da marca, cresceu acima dessa média: 12,2% em igual relação a igual período. Para Rafael Sant’Anna, gerente da Agrofy no Brasil, a situação acabou levando o produtor a buscar mais online:

— Houve redução de funcionamento ou fechamento de fábricas e revendedoras. E foram adiadas ou canceladas várias feiras do agronegócio. Registramos aumento expressivo no tráfego.

Entre os itens mais buscados estão insumos (sementes, fertilizantes e defensivos), peças de reposição, silo bolsa, ferramentas, implementos manuais ou de tamanho menor e trator, com crescimento na procura por usados, pontua o gerente. Funcionando como “shopping online”, a plataforma também vem sendo procurada por empresas que querem facilitar a assistência aos agricultores, que evitam receber visitas nas propriedades neste momento. 

Com meta de chegar a 20 países até 2025, a Agrofy mantém projeção de crescimento para 2020 no Brasil. No ano passado, registrou expansão mensal de 23%. E é cotada para ser a primeira startup do agronegócio a se tornar unicórnio na América Latina, ou seja, com valor de mercado acima de R$ 1 bilhão.


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