O tão esperado anúncio de renegociação dos financiamentos da safra em razão da estiagem no Rio Grande do Sul ainda não saiu, apesar dos números que confirmam a redução de volume da produção de grãos de verão. O motivo vem do aporte que o governo federal precisa fazer para atender ao pedido. Seriam R$ 200 milhões. A liberação da quantia depende do aval do Ministério da Economia.
Negociações vêm sendo feitas entre a pasta de Paulo Guedes e a da Agricultura, comandada por Tereza Cristina. Presente na Expodireto-Cotrijal, a ministra pôde ver o tamanho do problema já causado pela estiagem — e que pode ficar ainda maior diante da manutenção do tempo seco.
O secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho, tenta agenda com Tereza Cristina na próxima quarta-feira. A pressão por parte dos produtores aumenta à medida que o tempo vai passando. A carta com as 10 reivindicações feitas pelas federações da Agricultura, das Cooperativas Agropecuárias e dos Trabalhadores na Agricultura foi redigida ainda em janeiro. Em 12 de fevereiro, foi entregue pessoalmente pelo governador Eduardo Leite em Brasília. Desde então, há expectativa pelo anúncio.
Entre as ações estão a prorrogação e o parcelamento dos financiamentos de custeio. Medida semelhante foi adotada em 2012, quando o Rio Grande do Sul havia registrado a última seca, com quebra de safra. A necessidade de recursos serve para cobrir equalização de juro para a agricultura familiar e taxas administrativas e tributárias para a produção familiar e a empresarial. Aliás, tarifa essa questionada por entidades do setor.
A urgência na definição é fundamental no momento em que o sol forte a ausência de chuva consolidam perdas nas lavouras que irão se transferir para o bolso do produtor.
Nesta semana, foram confirmados R$ 2 milhões em recursos federais para o programa de sementes forrageiras do Estado.