A União reconheceu, nesta quarta-feira (4), a situação de emergência de mais sete municípios gaúchos, aumentando a lista para 31. Todas as cidades contabilizam prejuízos devido à estiagem, como perdas nas lavouras e dificuldades para o abastecimento de água à população.
As últimas a terem os decretos publicados no Diário Oficial da União foram Sobradinho, Candelária, Ibarama, Novo Cabrais, Barra do Rio Azul, Vanini e Tunas.
De acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil gaúcha, há ainda 51 municípios com a situação homologada pelo Piratini. Outras 126 prefeituras publicaram decretos em razão de perdas causadas pela falta de chuva e aguardam a análise estadual.
Emergência
Quando há o reconhecimento federal de situação de emergência, os municípios passam a ter acesso a eventuais liberações extraordinárias de recursos da União. No entanto, as reivindicações de produtores gaúchos pedem auxílio mais expressivo.
Prefeitos e o governador Eduardo Leite pediram apoio financeiro ao Ministério da Agricultura, além da prorrogação do prazo de dívidas. Havia a expectativa de anúncio de medidas emergenciais na abertura da Expodireto-Cotrijal, em Não-Me-Toque, na segunda-feira (2). No entanto, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, não avançou nas demandas dos agricultores.
Após a estiagem de 2011-2012, o Estado tem registrado safras recordes sequenciais. Em 2019 foram 34,6 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas — 1,5 milhão de toneladas a mais do que em 2018, segundo o IBGE. Porém, para 2020, a escassez de chuva não permitirá a supersafra estimada pelo governo. As principais perdas, até o momento, ocorrem na cultura do milho, mas também atingem soja, feijão, leite, entre outros.