As variações do tempo também impactaram a produção de arroz orgânico no Rio Grande do Sul. Primeiro foi o excesso de chuva, no plantio, que atrapalhou. Depois, foi a estiagem que prejudicou o desenvolvimento. A colheita começou no final de semana, no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Ainda não é possível, no entanto, saber qual o prejuízo causado às lavouras pelas intempéries.
— Tínhamos expectativa de manter a mesma produção do ano passado, mas com a falta de chuva devemos ter queda — afirma Osmar Moura, que é do Assentamento Filhos de Sepé e também dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na área de Viamão são cultivados 1,15 mil hectares de arroz orgânico, com 124 famílias envolvidas. A projeção é de que sejam colhidas 5 mil toneladas. No Estado, o volume produzido nos assentamentos deve chegar a 15 mil toneladas, em área de 3,21 mil hectares, com 364 famílias na atividade. O principal mercado do cereal é a merenda escolar de São Paulo.
Colaborou Leticia Szczesny