Depois de sete safras cheias, o Rio Grande do Sul voltou a sofrer com a falta de chuva neste ano. Por enquanto, balanço oficial indica perdas de maior intensidade no milho, com a soja tendo chance de recuperação. A coluna destaca particularidades dessa estiagem.
1 — Grande variação de perdas, conforme cultura e região. Uma das dificuldades geradas pela estiagem é conseguir mapear com precisão como os prejuízos locais se refletirão no todo da safra de verão do Estado.
2 — A distribuição da chuva também ocorre de forma heterogênea. Há produtores que tiveram perdas próximos a outros que estão colhendo bem.
3 — A necessidade de investir em irrigação volta ao debate. Programa de incentivo à produção de milho, que deve ser lançado pelo Estado em fevereiro, terá entre as metas duplicar a área irrigada da cultura.
4 — Há reflexos da falta de chuva que vão além de recuperar a produção. A Associação dos Criadores de Gado Holandês, por exemplo, estima que a repercussão na alimentação do rebanho de leite deve se estender por dois anos.
5 — Outro efeito futuro será o aumento de custos para a indústria de proteína animal em razão da redução da safra de milho. O grão é insumo da ração e precisará vir de outros locais.
6 — Projeção da Secretaria da Agricultura é de retorno da chuva ao Estado em fevereiro, com volumes próximos das médias. A exceção deve ser em áreas da Campanha, perto da fronteira com o Uruguai.
7 — Ainda que a consolidação das perdas só seja conhecida ao término da colheita, a estimativa inicial de nova supersafra não deve ser confirmada.
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